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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Comunicação Positiva


Você já parou para pensar como seu filho entende o que você diz? Será que o significado das palavras é o mesmo para todos nós? Teoricamente sim! Mas na prática é diferente...dependendo do ouvinte, contexto, situação, entonação e expressão facial as mesmas palavras podem significar coisas bem diferentes. Quanto mais novas as crianças, mas difícil supor ou prever intenções alheias. Se colocar no lugar do outro, imaginar o que ele possa estar sentindo e inferir ações a partir dessa observação é uma habilidade complexa que se desenvolve ao longo do tempo. Portanto, se você disser para o seu filho “estou muito feliz com o seu resultado” e suas expressões faciais e entonação de fala estiverem mostrando o contrário (na verdade você esperava um resultado melhor), a criança capta a expressão e as palavras perdem o valor positivo.

Comunicação positiva envolve escuta e expressão coerente, além da fala propriamente dita. Portanto, esteja atento ao que seu filho diz ou tenta dizer com determinado comportamento. Atenção à linguagem corporal, isto é, permita que seu corpo expresse interesse pelo que ele esta falando, por exemplo, olhando nos olhos, sentando a sua frente, evitando olhar para outros lugares ou desviar a atenção da conversa. Nunca coloque a culpa na criança, por exemplo, “você esta me deixando triste”...prefira dizer “estou preocupado com esse comportamento”...ou “estou me sentindo mal com essa atitude”. Se durante a conversa a criança grita, chora ou esperneia, diga que voc6es só vão conseguir conversar quando ele se acalmar. A comunicação positiva ocorre quando as duas pessoas estão calmas e a culpa não esta direcionada a uma única pessoa. É importante falar de forma clara e firme, sem agressividade ou acusações.

Ter tempo é fundamental, mostre disposição e tempo para ouvir e orientar seu filho. Sem dúvida, atualmente, um grande desafio para os pais que vivem correndo e atarefados com tantos compromissos mas, da mesma forma que encontramos tempo para terminar um trabalho, montar uma aula ou preparar um jantar, precisamos ter tempo para olhar e escutar nossos filhos. É compromisso que assumimos a longo prazo, mas com data de validade! Depois de alguns anos sem comunicação adequada e limites claros, a criança desanda, e reverter a situação se torna bem mais difícil!

Verbalizar seus sentimentos é importante, seu filho esta o tempo todo aprendendo com você, com o seu comportamento. Ensinar-lhes a perceber, interpretar, nomear e expressar sentimentos e emoções, desenvolve sua capacidade de compreendê-las e controla-las para que possa se autoconhecer e estabelecer relacionamentos saudáveis. Essas habilidades que chamamos de inteligência emocional começam a se desenvolver muito cedo na dinâmica da família. Tão importante, ou mais, do que a educação acadêmica é a educação “emocional” que se reflete nos relacionamentos sociais e na capacidade de resiliência. E para esta educação a escola é na família! Por isso, somos responsáveis por ensiná-la e exercitá-la todos os dias. Aceite e respeite os sentimentos dos seus filhos, todos os sentimentos são legítimos. No entanto, as regras precisam ser claras como, por exemplo, a criança pode sentir raiva mas não pode xingar ou bater. Da próxima vez que seu filho mostrar raiva ou tristeza sente para conversar com ele!

Dicas para a comunicação positiva:

  1. Comece as frases com “eu”; “eu queria que você arrumasse seu quarto agora”ao invés de dizer “você é um bagunceiro! Arrume esse quarto agora!
  2. Acentue sempre o lado positivo; valorize, elogie, recompense e mostre entusiasmo; Você é ótimo; gosto quando ajuda a sua irmã; adoro quando você me ajuda; eu te amo, você acertou nas cores do desenho, etc...
  3. Peça desculpas quando necessário
  4. Diga “obrigada” e “por favor” para seus filhos
  5. Para colocar uma regra ou um pedido inegociável com firmeza: olhe diretamente em seus olhos, fale a mensagem com clareza e supervisione se o combinado foi cumprido.

No próximo artigo, você vai saber como se ENVOLVER de verdade na vida dos seus filhos com muito prazer! 

Referências e para saber mais:

“Eduque com carinho” Equilíbrio entre amor e limites. Lidia Weber. Editora Juruá.

OSLC- Oregon Social Learning Center - http://www.oslc.org/

http://www.ehow.com/way_5315393_positive-communication-techniques.html
http://www.ippanetwork.org/Home

Autoconhecimento na Educação Positiva

O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Sua preocupação era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.

Quando Sócrates, ouviu de seu amigo Querofonte que o oráculo do templo de Apolo o considerara o homem mais sábio da Grécia, resolveu examinar a afirmação. Chegou à conclusão de que não era digno da honraria e proferiu a frase pra lá de conhecida: "Só sei que nada sei." Para ele, a verdadeira sabedoria seria o autoconhecimento, capaz de livrar a humanidade de falsos conceitos. Sócrates acreditava que teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus Apolo, Apologia, a defesa do logos apolíneo "conhece-te a ti mesmo". Portanto, sábio é aquele que admite sua própria ignorância e, assim, se torna consciente de suas verdades, podendo questioná-las, aceitá-las, rejeitá-las ou ajustá-las à novas realidades.

Para educarmos com carinho, amor e limites, antes de mais nada, precisamos ter consciência de quem somos, conhecer nossas virtudes e limitações, frustrações e expectativas, em relação a própria vida e em relação aos nossos filhos. Muitas vezes, de maneira equivocada, considerados a continuação de nós mesmos. Por mais que, racionalmente, acreditemos que não colocamos expectativas e frustrações pessoais na relação com eles, emocionalmente, depositamos nos filhos tanto nossas conquistas quanto nossas frustrações, sem nos darmos conta disso!

Já paramos para pensar que estilo de pais tivemos? Que estilo de pais somos? Há longo tempo psicólogos do desenvolvimento vem investigando o impacto do estilo parental no desenvolvimento das crianças. Durante os anos 60, a psicóloga Diana Baumrind conduziu estudo com mais de 100 crianças pré-escolares. Observando-as em seus ambientes naturais, entrevistando os pais e utilizando outros métodos de pesquisa, identificou-se quatro dimensões do estilo parental;

- Estratégias disciplinares
- Carinho e cuidado
- Estilos de comunicação
- Expectativas de maturidade e auto-controle

Baseando-se em tais dimensões identificou e descreveu-se quatro estilos parentais  principais:

1. Autoritário (muito limite e pouco afeto)
Neste estilo de educação, espera-se que a criança siga estritamente as regras estabelecidas pelos pais. Falhas em seguir tais regras, frequentemente, resulta em punição. Pais autoritários falham em dar explicações sobre as razões pelas quais tais regras foram estabelecidas. Se são questionados, costumam responder “porque EU estou dizendo para fazer isso!”. De acordo com Baumrind, estes pais “are obedience- and status-oriented, and expect their orders to be obeyed without explanation" (1991). Isto é, são guiados pela obediência à hierarquia e esperam que suas ordem sejam obedecidas sem a necessidade de explicações.

2. Permissivo (pouco limite e muito afeto)
Pais permissivos, tem poucas demandas em relação a seus filhos. Raramente, disciplinam as crianças porque tem pouca expectativa de maturidade e auto-controle. De acordo com a autora, são pouco exigentes e evitam confronto com a criança. Permitem quase tudo ao filho que “precisa expressar seus desejos e emoções”, quem acaba estabelecendo as regras da casa. Frequentemente, se colocam mais como amigos do que como pais.

3. Negligente (pouco limite e pouco afeto)
Este estilo parental, é caracterizado por poucas exigências, baixa reciprocidade e pouca comunicação. Apesar destes pais atenderem as necessidades básicas da criança, são geralmente, desligados da vida do filho.

4. Participativo (muito limite e muito afeto)
Pais participativos, estabelecem regras bem definidas, as quais o filho deve seguir. No entanto, diferente do estilo autoritário, é mais democrático. Quando a criança não corresponde às expectativas, esses pais são carinhosos e condescendentes mais do que punitivos. São pais assertivos sem serem intrusivos ou restritivos. Seus métodos de disciplina são menos baseados em punição e mais no suporte e orientação. Eles desejam que seus filhos tenham auto-controle, sejam assertivos, responsáveis socialmente e cooperativos.

Qual o impacto do estilo parental no desenvolvimento da criança?

Estilos parentais autoritários, geralmente, desenvolvem crianças obedientes e proficientes, no entanto, com baixa auto-estima e pouco competentes socialmente.

Os pais permissivos contribuem para o desenvolvimento de crianças menos felizes com baixa tolerância à frustrações, pouca capacidade de auto-regulação e monitoramento. Estas crianças são mais suscetíveis a apresentar problemas frente à figuras de autoridade e no desempenho escolar.
Pais negligentes, se posicionaram no último lugar do ranking em relação a todos os domínios da vida. Essas crianças tendem a falta de controle emocional, resiliência, auto-estima, são menos competentes socialmente, muitas vezes, anti-sociais, apresentam maior pessimismo, tristeza e estresse.

Finalmente, pais PARTICIPATIVOS ficaram em primeiro lugar no ranking! Essas crianças tendem a ser felizes, capazes e resilientes.

Porque os estilos parentais diferem?

Algumas causas em potencial para estas diferenças incluem cultura, personalidade, tamanho da família, história de vida dos pais, nível socioeconômico, nível educacional e religião.

É claro que o estilo parental de cada um, pai e mãe, podem ser diferentes e se combinar formando um novo estilo, mesclando alguns dos descritos acima. Muitas vezes o pai tem estilo mais autoritário e a mãe mais permissivo e a mistura, eventualmente, leve a estilo semelhante ao participativo e assim por diante. O importante é termos consciência de como estamos nos comportando em relação a cada filho e porquê. Neste momento, podemos avaliar melhor nossas atitudes e ajustá-las de maneira adequada a cada situação.

No próximo mês, discutiremos o quinto princípio “Comunicação Positiva”. Você sabe se comunicar? Aí é que mora o perigo! No próximo artigo você vai saber como seu filho “ouve”o que você diz!

Referências e para saber mais:

Marcio Ferrari, Site da Revista Nova Escola; “O Mestre em Busca da Verdade”. http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mestre-busca-verdade-423245.shtml.

 Livro: Eduque com carinho. Equilíbrio entre amor e limites. Lidia Weber. Editora Juruá.

Psicóloga Kendra Cherry. http://psychology.about.com/bio/Kendra-Van-Wagner-17268.htm

Baumrind, D. (1991). The influence of parenting style on adolescent competence and substance use. Journal of Early Adolescence, 11(1), 56-95.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Instituto de Saúde e Sustentabilidade

Este instituto faz um trabalho muito bacana e sério, com uma equipe de especialistas em diversas áreas da saúde, informa, discute e promove ações sociais e educacionais sobre o tema. A concientização de hoje plantará um futuro mais saudável e feliz. No espaço "Educando seu filho com Ciência" temas como educação nos dias atuais, desenvolvimento infantil e adolescência são discutidos de forma simples e objetiva, com dicas práticas e sugestões de como equilibrar amor e limites. Você pode sugerir temas de seu interesse e serão discutidos no mês seguinte. Vale a pena conferir!!!
www.saudeesustentabilidade.org.br

Como tudo começou...

Conversando com uma amiga muito especial,tivemos a idéia de criar este blog unindo duas paixōes(psicologia e chocolate). Aqui vocês poderão apreciar temas sobre picicologia,neurociência e delícias gourmet feitas de chocolate e muito mais!!!
Para saber mais sobre essa menina especial, olhe o blog dela! http://www.blogdamj.blogspot.com